O ex-governador Ivo Cassol e senador eleito esteve no último sábado em Ji-Paraná para agradecer pelo apoio que recebeu dos eleitores no primeiro turno e, em entrevistas em emissoras de rádio e TV, abordou a questão do convênio 097/2008 que firmou - quando era governador de Rondônia, com a Prefeitura de Ji-Paraná.
Cassol disse à reportagem do SUASNOTICIAS.COM.BR que recebeu o ofício Nº 06/2008 do prefeito Bianco solicitando-lhe um convênio no valor de R$ 480 mil para compras de materiais ortopédicos e medicamentos e que, para tanto, através de duas emendas parlamentares de R$ 240 mil, cada, atendeu ao chefe do Executivo de Ji-Paraná.
Em sua explanação, Cassol disse que R$ 200 mil foi creditado na conta do munícipio no dia 08/20/2009 e a prestação de contas deveria ser feita até o dia 05/06/2009. Uma outra parcela de R$ 56 mil foi depositada no dia 26/01/2009 e a prestação de contas para o da 26/01/2009. O ex-governador disse que o município não prestou contas nos prazos estipulados e, agora, Bianco fica arrotando moralidade pública e querendo culpar o Estado por algo que não foi causado pelo agente estadual e, sim, pelo agente municipal - no caso, o próprio prefeito Bianco.
Indignado com as críticas que vem sendo objeto nas últimas semanas, em razão do período eleitoral, Cassol afirmou que Bianco tenta fazer terrorismo político, pois amedronta a população dizendo que não mais realizar cirurgia ortopédida em Ji-Paraná, pois o Estado não tinha enviado os recursos. "Desafio Bianco a provar que os recursos que afirmo ter enviado não chegaram a Prefeitura de Ji-Paraná, a menos que "Mister M" tenha feito uma mágica e desaparecido com o dinheiro", disse Cassol.
Depois de se defender das acusações de Bianco, o senador eleito chamou o secretário Municipal d Saúde, José Batista, de incompetente e irresponsável. "Quero que o Ministério Público do Estado de Rondônia apure se houve ou há alguma irregularidade no convênio celebrado por parte do Estado. Agora, também quero que o Ministério Público investigue se uma filha do secretário José Batista é "fantasma", tendo em vista que a mesma é servidora da Câmara de Vereadores de Ji-Paraná e está à disposição da Prefeitura de Ji-Paraná. Até aí, nada demais. Acontece que a moça está estudando na Bolívia e, desta forma, recebe sem trabalhar e está apadrilhada pelo pai e pelo prefeito Bianco", denunciou em alto e bom som pelas emissoras de rádios e TV de Ji-Paraná.
Em outra denúncia de "fantasma", Ivo Cassol disse que o médico Fernando Serta é contratado pela Prefeitura de Ji-Paraná com um salário de R$ 4 mil mensais para trabalhar 20 horas, mas nunca esteve no local de trabalho e nem atendeu nenhum paciente, sendo - desta forma - considerado um "fantasma", haja vista que é proprietário do Cleneron - um hospital particular em Porto Velho, onde trabalha em dedicação exclusiva. O ex-governador fez questão de exibir - nas emissoras de rádios e TV, a folha de pontos dos "fantasmas" abonadas pelo secretário José Batista.
Ao final das entrevistas, Cassol fez a mais séria denúncia contra o prefeito José de Abreu Bianco, pois pediu-lhe que explicasse a população de Ji-Paraná onde foi parar R$ 3 milhões que foram roubados dos cofres de Ji-Paraná - no que foi chamada de "folha paralela" e que é do conhecimento do Ministério Público do Estado e que, também deve se posicionar sobre as medidas que foram para identificar o destino do dinheiro . "Em novembro vou ajudar a fazer uma "faxina" na Prefeitura de Ji-Paraná. Vou pedir a relação de todos os portariados, onde trabalham, onde estão lotados e se - efetivamente - estão trabalhando em prol da população de Ji-Paraná. Rondônia sabe que foi sob o comando de Bianco que 10 mil pais de famílias foram demitidos e ficaram desesperados e sem emprego. Eu fui que fiz justiça ao readmitir todos que assim desejaram retornar ao serviço público do Estado. O responsável pela demissão dos 10 mil servidor foi o secretário José Batista que, sob o falso manto da moralidade, tem uma filha "fantasma" na Prefeitura de Ji-Paraná", afirmou Cassol.
O ex-governador disse que Bianco e Batista cometem um grande crime contra a população de vários municípios circunvizinhos a Ji-Paraná, ao suspender todos os procedimentos de ortopedia aos pacientes de 14 municípios da região. Cassol lembrou que Há quase trinta dias o secretário tomou a decisão de suspender todos os procedimentos de ortopedia com os demais municípios da regional de Ji-paraná, a prefeitura pactou com14 municípios para realizar estes procedimentos ortopédicos e, para tanto a Prefeitura de Ji-Paraná recebe os recursos do SUS. Só em setembro último foram depositados mais de R$ 7 milhões advindos do SUS e se não fosse pelo pacto, os recursos deveriam ter entrado nas contras dos outros municípios. "Bianco quer fazer os prefeitos de idiotas, pois o Programa de Pactuação Integrada (PPI) foi formulado por terem os municípios declarados que não podiam fazer os atendimentos e procedimentos ortopédicos e, com isso, o prefeito de Ji-Paraná, disse que o seu município era sede e toda grana é destinada para Ji-Paraná. Agora, querer enganar a população de vários municípios e colocar a culpa no Governo do Estado eu não vou deixar, pois fiz uma administração transparente e ajudei a todos os municípios, independente da cor partidária", finalizou Cassol.
A reportagem entrou em contato, às 13h33, através de e-mail, com a Assessoria de Comunicação Social da Prefeitura de Ji-Paraná e até a elaboração e postagem desta matéria, não houve retorno, para que o prefeito José Bianco, o secretário Joé Batista e o médico Fernando Sereta pudessem dar suas versões para as denúncias formuladas pelo ex-governador Ivo Cassol e que, certamente, serão objetos de apuração por parte do Ministério Público do Estado e da Câmara de Vereadores de Ji-Paraná.
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