Em oito meses a prefeitura de Porto Velho conseguiu colocação no mercado de trabalho para cerca de mil trabalhadores. É o que apontam os números divulgados pelo departamento do trabalho e qualificação (DTQ) do Sine municipal, órgão ligado à secretaria municipal de desenvolvimento socioeconômico e turismo (Semdestur). De janeiro a agosto deste ano, 944 trabalhadores foram efetivados no emprego com a intermediação da prefeitura, através do Sine municipal. No período foram feitos 9.343 inscrições e ofertadas 3.613 vagas. Do total de trabalhadores cadastrados 6.319 pessoas foram encaminhadas ao mercado de trabalho, na capital.
Construção civil e área de serviços aparecem no topo da lista, tanto no que se refere ao número de vagas como também de trabalhadores que conseguiram emprego com carteira assinada. Para o diretor do DTQ, os números são expressivos e refletem o bom momento pelo qual vive hoje Porto Velho. “São os dois setores da economia que estão mais aquecidos em função do volume das obras que estão sendo executadas pela prefeitura e pela construção das hidrelétricas do rio Madeira. E essa demanda também tem causado um problema, que é a falta de mão-de-obra qualificada para ocupar todas essas vagas que são ofertadas”, informou João Marcos.
Essa deficiência é a principal responsável pela diferença entre o quantitativo de trabalhadores encaminhados e o número de empregos efetivados. As vagas que sobram, afirmou João Marcos, são as que necessitam de qualificação ou são de áreas especializadas, portanto, são serviços novos que surgiram com a vinda de pessoas de fora e que se estabeleceram na cidade. Geralmente, são profissões que ainda estão com o mercado em expansão na capital, por se tratar de atividades novas. “É o reflexo do aumento populacional que trouxe à Porto Velho pessoas que passaram a exigir certas atividades que a formação do profissional, principalmente em nível de graduação. E nesse caso, o profissional que irá suprir essa área específica, ainda está em fase de formação na universidade, gerando um processo que não se define da noite para o dia”, explicou.
Qualificação
No caso da capacitação dos trabalhadores, João Marcos adiantou que a prefeitura já fez parcerias com as empresas onde a carência é maior, como a construção civil, a fim de colocar no mercado, profissionais para suprir às necessidades. E nesse caso específico, houve uma “repaginagem” no trabalho que era desenvolvido. A mudança foi por causa da grande rotatividade dos trabalhadores nos canteiros das obras. “Esse rodízio acontece porque nem sempre o trabalhador que inicia uma construção é aquele que termina junto com a obra, pois as grandes construções são realizadas por etapas e em cada uma é exigida mão-de-obra diferenciada. Assim, o operário que trabalhou na escavação para a fundação do prédio, não é o mesmo que vai fazer o acabamento. Então, cada etapa concluída, significa um certo número de trabalhadores desempregados”, afirmou.
A solução encontrada pela prefeitura para que esses operários não fossem dispensados foi capacitá-los para trabalhar também em outras atividades, como encanador, eletricista, bombeiro hidráulico, por exemplo, permitindo que eles continuem no emprego, nas etapas seguintes da construção, porém com um diferencial: a renda bem melhor do que a anterior.
“Um pedreiro, por exemplo, ao ser qualificado como eletricista, deixará de ganhar um salário de cerca de oitocentos reais, para galgar um salário de mil e duzentos ou até dois mil reais. E essa é a política que o prefeito Roberto Sobrinho tem nos orientado a colocar em prática, melhorar a renda do trabalhador para que ele e sua família possam também ter uma qualidade de vida melhor, deixando de onerar o município”, concluiu.
Por Joel Elias
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