Responsável pelo primeiro beijo gay da televisão brasileira - mostrado na propaganda eleitoral do PSOL - o diretor de filmes Pedro Ekman se mostra surpreso com o sucesso do vídeo. Ele aproveita para atacar a programação da TV aberta, que chama de "retrógrada".
- O que choca é que você não está acostumado a ver isso na TV. Na rua, você até vê mais. O choque é pelo conservadorismo da TV. A sociedade aceita muito mais esse fato do que o que está refletido nos meios de comunicação.
Ekman não é publicitário, marqueteiro e nem costuma fazer campanha. É formado em arquitetura, mas começou a trabalhar com vídeo. Filiado ao PSOL, ajudou com o filme do candidato ao governo de São Paulo, Paulo Bufalo, "até porque não tem muito dinheiro".
A tendência, conta, é que deixe o diploma de arquitetura para trabalhar na televisão. Mas ressalta: "Não faço questão de ter uma carreira de sucesso na TV Globo ou nenhuma das grandes emissoras. Eu vou cavar os meus espaços onde eu acho que é importante".
Em nota ao jornal Folha de S.Paulo, a Rede Globo respondeu a crítica da imprensa de que o horário político foi mais ousado que as novelas de TV. Afirmou: "Não achamos que nossas novelas da categoria entretenimento são os veículos adequados para tratar de questões sociais."
- A resposta é engraçada, porque quando convém, ela diz que a novela serve para fazer "merchandising social". Quando não convém, porém, ela fala que não serve para isso. É a velha e boa resposta de conveniência - alfineta Ekman.
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