O empresário Carlos Gallo, dono da CG Consultoria, admitiu nesta quarta-feira, 27, ter atuado como intermediário para que o ex-presidente da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva, investigado por um esquema de corrupção nas obras da usina de Angra 3, recebesse dinheiro da construtora Andrade Gutierrez quando já estava à frente da estatal. Em audiência aberta na 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, Gallo admitiu que a CG recebeu quase R$ 3 milhões por meio de três contratos com a empreiteira, dinheiro que foi repassado à Aratec Engenharia, empresa de Othon.
O executivo disse ainda que aceitou o negócio em função da amizade com Othon, quem conhecia havia 10 anos, e da qualificação profissional do almirante. Afirmou ainda que não se sentiu enganado, mas tampouco teria admitido o negócio se soubesse que o dinheiro era fruto de propina.