Justiça dos EUA reabre caso do escândalo da GM
A família de Brooke Melton, uma enfermeira de 29 anos que morreu num acidente de carro em 2010 próximo à cidade de Atlanta, processou a GM alegando que uma falha na ignição do veículo – um Chevrolet Cobalt ano 2005 – desligou o motor do carro e fez a jovem perder o controle.
As partes chegaram a fazer um acordo de US$ 5 milhões (R$ 11,45 milhões), mas o caso expôs como a GM deixou milhões de carros continuarem a rodar mesmo após descobrir que problemas na ignição estavam relacionados a acidentes que causaram ao menos 14 mortes.
O caso levou a GM a fazer um recall de 2,6 milhões de veículos para substituir a ignição.
A família Melton apresentou uma nova ação em maio, argumentando que a GM havia escondido provas de forma fraudulenta durante o primeiro processo. A montadora, por sua vez, pediu para que a nova ação não fosse aceita em razão de já ter havido um acordo. A solicitação, entretanto, foi negada neste sábado (9).
"Nós continuamos a acreditar que as partes chegaram a um acordo de boa fé no ano passado e que a ordem anterior da Corte recusando todas as ações contra a GM depois daquele acordo evita que outras pessoas façam os mesmos pedidos uma segunda vez", disse a GM, em nota.
O caso Melton deu início a uma crise de recalls na GM que resultou em 54 chamados envolvendo 29 milhões de veículos neste ano. Além disso, disparou investigações federais, alegações de encobrimento de informações e uma multa de US$ 35 milhões (R$ 80,2 milhões) do órgão regulador federal por demora em reportar problemas de segurança.