Com o propósito de colaborar na identificação dos problemas, necessidades e interesses da Hidrovia do Madeira, a diretoria da Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (SOPH) esteve reunida na terça-feira (20), com o engenheiro civil Petrônio Sá B. Magalhães, consultor em Transportes, Portos e Logística da empresa Planejamento em Transporte e Consultoria (Petcon), o diretor da Antaq, Paulo Cunha e o capitão de corveta da Delegacia Fluvial de Porto Velho, Amilton Rodrigues Eleotero. O encontro aconteceu no hotel Vila Rica e também reuniu técnicos da Administração das Hidrovias da Amazônia Ocidental (Ahimoc) e representantes da iniciativa pública e privada.
Conforme explanou Petrônio Magalhães, a Petcon é uma empresa contratada pelo Ministério dos Transportes para realizar um estudo de viabilidade técnica socioambiental e econômica da Hidrovia do Madeira. O engenheiro civil explicou que o plano de visita técnica de inspeção conjunta teve o objetivo de identificar, a partir do relato dos presentes, as alternativas econômicas mais viáveis para a navegação, a segurança dessas operações e a perspectiva social. Dados, que deverão subsidiar o planejamento de obras do governo Federal para o melhoramento do tráfego de embarcações no Rio Madeira.
Para Ricardo Sá, a visita técnica é fruto dos fóruns realizados em 2011 e 2012 pela SOPH em parceria com outras instituições onde se discutiu o resgate do projeto de criação e implantação da Hidrovia do Madeira em Rondônia. “Nosso objetivo sempre foi o de acelerar as discussões sobre a viabilidade econômica da Hidrovia do Madeira, uma rota importante por onde são transportados cinco milhões de cargas anualmente, a partir do Porto Organizado de Porto velho, por onde flui todo o combustível de Rondônia, Acre e Norte do Mato Grosso e por onde se transportam cerca de 40 mil pessoas por ano”, disse. O Rio Madeira também é responsável por escoar produtos para a Europa, a Ásia e o Oriente Médio, a partir de Porto Velho.
Sobre a influência da Hidrovia do Madeira para a economia da região, o governador de Rondônia, Confúcio Moura, ressaltou no último fórum realizado em setembro deste ano que era preciso investir na hidrovia de forma significativa e explicou que havia empenho político para isso acontecer, mas que a burocracia muitas vezes atrasava o projeto. "Temos que investir pesado para vencer a burocracia", disse o governador na época.
Expectativas
Do encontro com a Petcon resultaram alguns pontos como a compatibilização da geração de energia das usinas aliada à segurança na navegação, alternativas para escoamento de produção, harmonização das questões ambientais e sociais, balizamento, controle de passagem de madeira, dentre outros aspectos.
O levantamento será utilizado pelo DNIT na elaboração do projeto executivo de vias hidroviárias. Com esses dados, o órgão terá propriedade para licitar obras de dragagem, sinalização e reengenharia dos portos que utilizam o Rio Madeira. Só então, o Porto Organizado de Porto Velho verá, por exemplo, ser colocado em prática o antigo Plano de Modernização Portuária.
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