Na segunda-feira (03), o governador Confúcio Moura recebeu no Escritório de Projetos Especiais uma comissão constituída por representantes do setor hidroviário de Rondônia que solicitaram apoio na campanha Hidrovia Já. O projeto visa difundir o conceito de valorização do Rio Madeira como via de escoamento para a região.
Moura disse durante encontro que Rondônia possui um grande potencial para desenvolvimento, que a exemplo de outros estados, devemos valorizar essas possibilidades de crescimento e este é um dos objetivos do Governo da Cooperação. “Junto com a ferrovia, o Plano FutuRO contempla logísticas mais eficientes de transporte de produção criando o ambiente propicio ao desenvolvimento”, afirmou.
De acordo com o diretor-presidente da Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (SOPH/RO), Ricardo de Sá Vieira, a Hidrovia do Madeira é importante para o desenvolvimento regional devido à posição estratégica. “Ela é praticamente a única via de transporte para quem vive nas cidades às suas margens. A hidrovia começa em Porto Velho e vai até a foz do rio Madeira, na confluência com o rio Amazonas. Além de servir de via de escoamento para a produção de grãos de Mato Grosso para Manaus, de onde segue para exportação”.
Números
Anualmente são transportados através do Madeira, cerca de 400 mil carretas, número que poderia ser duplicado caso houvesse interesse de investir no setor, o que resultaria em uma economia de ate R$ 1 bilhão ao ano com transporte rodoviário. São ainda 4 milhões de toneladas de soja e R$ 200 milhões em derivados de petróleo escoados via fluvial.
Rondônia será um modelo de hidrovia para o Brasil e poderá inaugurar um novo período econômico para o país, disse Paulo Cunha, Chefe da Unidade Regional da Agencia Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). “Não queremos que o Estado perca essa oportunidade”, lembrou o Capitão-de-Corveta Amilton Rodrigues Eleoterio, Delegado Fluvial de Porto Velho.
Soja
“Há cerca de vinte anos já existiam projetos para se investir em soja no estado, porém a produção não era viável nem para o mercado interno devido ao alto custo do transporte terrestre. Possuímos hoje um movimento aquaviário de 25 mil pessoas por ano apenas em Porto Velho, numero que também pode ser duplicado com investimento”, disse Raimundo Holanda Cavalcante Presidente do Sindicato das Empresas de Navegação do Estado de Rondônia (Sindfluvial).
Outros produtos como fertilizantes, cimento, frutas, eletroeletrônicos e até veículos também são transportadas pela hidrovia.
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