- Em três horas de atividades, com poucas escavações, encontramos fragmentos de crânios desse tipo de crocodilo, em perfeito estado.
Os "crocodilomorfos", como prefere chamar o coordenador, provavelmente viveram em uma época quando a região era coberta por pouca vegetação e possuía alguns lagos e grotas, onde esses animais se abrigavam. A fazenda está localizada em uma grande depressão que recebeu sedimentos carregados por enxurradas durante milhões de anos.
Na visão dos especialistas, o novo sítio tem um grande potencial, especialmente no que se refere à quantidade dos fósseis. Por isso, a equipe enviou um projeto à Fapemig (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais) para obtenção de recursos que viabilizem as escavações em Campina Verde por mais alguns meses.
Na próxima semana, os trabalhos devem ser realizados em uma área de meio quilômetro quadrado. Na quarta-feira (19), 600 kg de material paleontológico proveniente da Chapada do Araripe, no Ceará, chegaram ao Complexo Científico e Cultural de Peirópolis. Os fósseis são provenientes do Programa de Monitoramento e Salvamento Paleontológico, realizado numa obra de linha de transmissão de rede elétrica entre as cidades de Milagres e São João do Piauí.
A maior parte dos fósseis é de peixes de cinco espécies já conhecidas e descritas na bibliografia, além de troncos vegetais, moluscos e um fragmento de pterossauro que datam de 120 milhões a 130 milhões de anos, segundo Luiz Carlos Ribeiro, do Museu dos Dinossauros.
- O programa identifica as potencialidades da região e a equipe técnica acompanha as escavações.
Depois de classificadas, elas vão integrar a exposição Fósseis do Brasil, em Uberaba, com objetivo de divulgar a paleontologia das diferentes bacias sedimentares do Brasil.
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