Brasília, DF - Senadores defenderam na tarde desta quarta-feira (4) que o Conselho de Ética da Casa investigue a suspeita de que integrantes da cúpula da "máfia dos caça-níqueis", comandada por Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, tenham se reunido no apartamento funcional de Demóstenes Torres (sem partido-GO) em Brasília para tratar de negócios do grupo.
Grampos telefônicos feitos pela Polícia Federal indicam um acerto do grupo para se reunirem no apartamento de Demóstenes em dezembro de 2010. Apesar de classificar o caso Demóstenes como superado, o presidente do DEM, José Agripino (RN) disse que o partido vai checar esta informação.
— Após a Páscoa, vamos investigar tudo isso.
O senador Pedro Taques (PDT-MT) também se posicionou.
— Entendo que tudo é grave. O fato é como uma cereja no bolo.
O encontro, segundo as investigações, ocorreu no Bloco C da Quadra 309, na Asa Sul, em Brasília. Participaram da conversa, de acordo com o inquérito, Cachoeira e outras duas pessoas do grupo. Demóstenes estava em Brasília no dia, mas a PF não conseguiu concluir se ele esteve na reunião.
Ao defender uma apuração do encontro nas dependências de um apartamento do Senado, o presidente do PMDB, Valdir Raupp (RO), quer uma rápida solução da Casa para o caso.
O conselho reúne-se na próxima terça-feira (10) para eleger seu presidente, que será responsável por conduzir o pedido do PSOL de abertura de processo por quebra de decoro parlamentar contra Demóstenes.
— Tem que ser um processo rápido. Nós não podemos demorar mais com isso.