Depois da hipertensão, o tabagismo é a segunda maior causa de morte do mundo e mata um em cada dez adultos, segundo informa a Organização Mundial de Saúde [OMS], que prepara uma ampla campanha contra o tabagismo na próxima terça-feira, 31, Dia Mundial sem Tabaco. Em Ji-Paraná, na Unidade Básica de Saúde 2 de Abril (UBS 2 de Abril) é ofertado tratamento para quem objetiva parar de fumar; já na UBS da Mulher Ceci Cunha haverá mobilização contra o tabagismo na terça-feira.
O Dia Mundial sem Tabaco oferece uma larga oportunidade para propor reflexões sobre o consumo do tabaco para toda a sociedade brasileira, sobretudo para profissionais de saúde e de educação, formuladores de políticas públicas e legisladores brasileiros. O objetivo deste ano é destacar os riscos à saúde associados ao tabagismo e cobrar políticas eficazes para a redução do consumo. O dia é comandado pela “Iniciativa por um Mundo Livre de Tabaco da OMS”.
A Assembléia Mundial de Saúde criou o Dia Mundial Sem Tabaco em 1987 para chamar a atenção de todo o mundo para a epidemia do tabaco e seus efeitos letais, dando oportunidade de destacar mensagens específicas de combate ao tabagismo e promover a aderência à Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco.
O tabagismo é considerado pela OMS uma doença pediátrica, pois a maioria dos fumantes experimenta seu primeiro cigarro e se torna dependente antes dos 18 anos de idade. Por serem os jovens mais vulneráveis às estratégias de propaganda e marketing, desenvolvidas para captar novos consumidores, o número de novos fumantes nessa faixa etária é preocupante: cerca de 100 mil jovens começam a fumar todos os dias.
Realidade local
O tabagismo é a maior causa de morte prevenível enfrentada pela comunidade médica, segundo a OMS. No Brasil, o Ministério da Saúde através do Instituto Nacional de Câncer (INCA), coordena o Programa Nacional de Controle de Tabagismo. Para tanto, as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde enfrentam o problema ofertando tratamentos.
Desde 2010 a UBS 2 de Abril oferece o tratamento contra o tabagismo. “O tratamento inicia com a avaliação clínica e segue com palestra, apoio medicamentoso e terapia em grupo”, explica a enfermeira Maria Aparecida Feitosa, membro da equipe treinada que é composta ainda por técnicos, médicos e psicólogos.
Segundo Feitosa, desde o início dos trabalhos cerca de 50 pessoas passaram e/ou ainda estão sendo tratados. Deste total, 14 delas já deixaram o hábito de fumar. “Os resultados obtidos já são uma vitória”, pondera Feitosa, acrescentando que o tratamento dura em média onze meses.
Na UBS da Mulher Ceci Cunha, a diretora Cristina Siqueira informa que vai promover na terça-feira uma mobilização junto às mulheres que fazem tratamentos médicos na unidade. “Nosso objetivo é aproveitar a passagem dessas mulheres pela unidade de saúde e alertá-las sobre os problemas causados à saúde pelo uso dos cigarros”, diz Cristina Siqueira, empunhando amplo material publicitário contra o fumo.
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